O homem baleado foi levado pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Pedro Henrique da Silva Torres, 29 anos, levou um tiro no peito, outro na mão e um terceiro de raspão na perna. Informações preliminares davam conta que o rapaz havia morrido durante a cirurgia, mas no início da noite a Polícia Civil do Distrito Federal esclareceu que ele estava vivo, porém estado grave.
A jovem foi atingida por cinco tiros e morreu na hora. O acusado pelo assassinato e pela tentativa de homicídio é o soldado Ronan Menezes, lotado no Grupo Tático Operacional (GTop) do 10º Batalhão de Ceilândia.
Parentes e amigos afirmaram que Ronan não aceitava o fim do relacionamento. De acordo com eles, Jéssyka e o PM chegaram a ficar noivos e malhavam em uma academia diferente daquela na qual Pedro trabalhava. As duas vítimas, segundo os relatos, se conheciam, mas eram apenas amigos.
Logo após saber da morte da filha, o pai de Jéssyka chegou na casa totalmente transtornado. “Infeliz, desgraçado. Eu quero minha filha de volta”. Ele foi amparado por amigos e familiares, mas não conseguiu conter o desespero: “Filha, filha! Volta! Esse cara não é dono do mundo”.
Jéssyka foi assassinada na casa dela, na QNO 15, no início da tarde. Os disparos contra Pedro foram dados na academia de ginástica onde ele trabalhava, na EQNO 2/4, minutos antes. O caso é investigado pela 24ª Delegacia de Polícia.
Até as 21h, o militar não havia se entregado e estava sendo procurado por agentes da Polícia Civil. Ele teria sido orientado por advogados a fugir do flagrante. Além disso, familiares e amigos de Jéssyka e Pedro o esperavam na delegacia.
“Louco e ciumento”
Um clima de comoção tomou conta de amigos e familiares da jovem que se aglomeravam em frente à residência dela. Os parentes contaram que já a haviam alertado sobre o relacionamento conturbado. “Falei para ela que não ia acabar bem. Ela disse: ‘madrinha, se eu for até para os Estados Unidos, ele vai me matar'”, lamentou Simone da Silva, tia e madrinha de Jéssyka.
A mulher contou ao Metrópoles que Ronan esteve na casa da vítima ainda de manhã: “Pegou a arma, mas o primo dela, que é da Polícia Militar de Goiás, segurou. Falou para ele se acalmar. Depois, Ronan voltou e a matou. O primo acordou com os tiros. Estava dormindo, pois havia trabalhado à noite”.
Outra tia da vítima relatou: “Ele era ciumento. Louco, covarde. Ela vivia para ele. Era uma menina estudiosa. Havia passado no concurso”, lembrou, referindo-se à seleção para soldado do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Segundo uma amiga, Jéssyka estava com medo de Ronan, de quem foi noiva, desde o mês passado, quando ele passou a ficar mais agressivo. De acordo com ela, a jovem teria dito ao ex-namorado que o denunciaria à polícia por violência doméstica (Lei Maria da Penha). Em resposta, recebeu mais ameaças.
Marcelino Bonfim, servidor público e amigo da família do professor Pedro Júnior, estava indignado: “O Pedrinho levou três tiros. Ele casou-se no ano passado, é filho do dono da academia. Nós o conhecemos desde quando ele era pequeno”.
"LAMENTÁVEL, SÃO INDIVÍDUOS COMO ESSE QUE MANCHAM A HONRA DA GLORIOSA POLICIA MILITAR."
POSTADO POR: LUCIANO MELO - 08/05/2018
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