Marcelo Kroin, preso por suspeita de matar a mulher, ainda disse que estava nervoso e pediu para trazer "um" para relaxar. Perícia das conversas do celular foi recebida pelo MPSC.
Marcelo Kroin foi preso por morte de Andrea Araújo ( Foto: reprodução facebook )
Andreia foi encontrada morta, enrolada em um cobertor dentro de carro estacionado na garagem da casa dela, em 5 de agosto. O marido foi preso em flagrante após confessar a autoria do crime à polícia.
Ainda nas mensagens, trocadas em conversas por WhatsApp, entre 10h e 18h do dia do crime, Marcelo relata estar “encrencado” para o amigo e não saber o que fazer. “Briga com a mulher e tu nem imagina a m* que fiz”, diz o marido em um dos trechos.
Na sequência, além de convidar para um churrasco, Marcelo diz “tem um traz pra relaxar” para o amigo. O promotor Marcio Cota afirma que ainda não analisou todas as informações recebidas, mas que o trecho demonstra o perfil do suspeito. “Mostra um pouco da frieza dele, da personalidade”, disse o Cota.
Até esta sexta-feira, conforme o promotor, o laudo da gravidez de Andreia, que a própria família e o suspeito afirmaram estar grávida de três meses, não havia sido recebido pela promotoria.
“Tudo se encaminha para uma denúncia de homicídio qualificado (feminicídio e asfixia), agravado pelo fato dela estar grávida (se o exame confirmar)”, explicou Cota.
Veja trechos da conversa:
Amigo: Opa
Amigo: Fala mestre
Marcelo: Es e ta fazendo o que?
Amigo: Por enquanto nada, e tu?
Marcelo: Cara ti em casa…Vem aí
Marcelo: Te encrencas querua conversar …Contigo
Marcelo: Ti encrencado
Amigo: Viixx
Amigo: Oq que deu
Marcelo: Briga com a mulher e tu nem imagina a merda que fiz
Marcelo: Vem ai
Amigo: Aiaiai
Marcelo: Depois a gente assa uma carne
Marcelo: Tem um traz pra relaxar
Marcelo: Tá vindo?
Amigo: Ainda não
Amigo: Não posso agora, só depois do almoço, pode ser?
Marcelo: Pois eh blz…Tu que sabe.. To tenso queria conversar
Marcelo: Meio que não sei o que fazer
Entre 14h e 16h, Marcelo mandou áudios para o amigo. O material em áudio ainda não havia sido recebido promotoria até a manhã desta sexta-feira (17). Também foram enviadas imagens, que também não foram divulgadas.
Na sequência, após as 16h, o amigo aconselha Marcelo a se entregar e chamar um advogado. Marcelo diz em mensagem: “não sei o que fazer, não posso falar nada”. O amigo pergunta onde Marcelo está e ele afirma: “Tava na rua. To indo pra cas (sic)”.
Mulher estava grávida de três meses e companheiro confessou o crime ( Foto: Reprodução / Facebook )
CRIME
A dona de casa de 28 anos morreu por traumatismo craniano, segundo o Instituto Médico Legal (IML).
A PM foi chamada por volta das 18h30 de domingo (5). Vizinhos relataram um possível homicídio no bairro Jaraguá Esquerdo. Ao chegar na residência, encontraram o corpo de Andreia dentro de um carro e enrolado em um cobertor.
O marido disse à polícia que o crime ocorreu depois de uma briga do casal. À PM, Kroin disse que Andreia tentou agredi-lo e ao se defender, deu um soco na jovem.
O marido contou à polícia ter colocado o corpo da vítima no carro, por volta das 14hs do domingo, dirigido até a cidade vizinha de Canoinhas, e de acordo com a polícia “sem saber o que fazer, [o marido] voltou para casa com o corpo da vítima dentro do veículo”. O carro foi apreendido e passou por perícia.
Polícia encontrou corpo da vítima dentro de carro estacionado na garagem da casa em Jaraguá do Sul ( Foto: Reprodução / NSC TV )
VERSÃO DO CRIME CONTESTADA
Segundo a Polícia Civil, Kroin confessou que a atingiu com um soco no dia 5 de agosto e que ela bateu a cabeça depois, morrendo em seguida. Porém, essa versão é questionada pelo delegado Rodrigo Carriço.
“Se ela caiu após levar um soco, o natural seria que ele chamasse o socorro, porque poderia ter sido um desmaio ou outra reação. Essa versão dele não é plausível. Agora, caberá ao juiz avaliar se novas diligências serão necessárias neste caso”, afirmou Carriço.
Conforme o IML, a suspeita é de que a mulher tenha sido espancada e até esganada, mas a causa da morte foi traumatismo craniano.
Conforme a Polícia Civil, Marcelo tinha passagens pela polícia por violência doméstica, tendo como vítima a ex-mulher. “Em um boletim de ocorrência registrado entre 2015 e 2016, a própria vítima relatou que ele a empurrou e segurou seu braço com força”, declarou o delegado.
Fonte: G1
"O que mais revolta em matérias como essa é saber que um safado covarde como esse logo, logo estará nas ruas, nosso código penal tem que ser modificado para que elementos que cometam esse tipo de crime tenham uma punição exemplar, outro fato que nos chama a atenção nesses casos é que esse assassino já tinha histórico de violência doméstica onde foi vítima sua ex mulher, por isso sempre digo 'mulheres fiquem longe desses covardes', se ele fez com a primeira, ele fará com a segunda, com a terceira e assim sucessivamente, em caso de violência contra as mulheres denunciem 180 ou 190 não precisa se identificar."
POSTADO POR: LUCIANO MELO - 19/08/2018
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