A categoria faz graves denúncias contra a administração de Luís Mauro Albuquerque.
Percorrer cerca de 800 quilômetros, entre Fortaleza e Recife, pedalando uma bicicleta. Esta foi a forma que um policial penal (agente penitenciário) encontrou para chamar a atenção da sociedade e da Imprensa cearenses e, ao mesmo tempo, protestar diante de desmandos da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará e da falta de valorização da classe por parte do governo do Estado.
Santos saiu de Recife no último domingo (7) e iniciou a longa jornada em direção a Fortaleza, pedalando sua bike e levado nas costas uma mochila com alimentos e medicamentos. Nesta quarta-feira (10) ele já estava exausto, em seu terceiro dia de jornada. Pedalou por cerca de 130 quilômetros de estrada, entre as cidades de Mamanguape, na Paraíba; e Parnaíba, no Rio Grande do Norte.
“Com muitas subidas íngremes em alguns momentos, tiver que descer do pedal e ir empurrando, o principal é continuar em frente. Como ainda estou carregando uma bolsa com meus pertences, de aproximadamente 20kg, tem dificultado bastante, inclusive ferindo as minhas pernas e causando assaduras. Além disso, o sol tem me castigado bastante, tenho colocado bastante pomada de assaduras e protetor solar. Parece não ser suficiente, para completar tinha esquecido minha camisa longa UV”, disse o agente em seu diário de viagem divulgado nas redes sociais.
PROTESTO
O gesto do agente Santos é apoiado pelos colegas, que têm denunciado uma série de desmandos por parte da direção da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará. Eles citam o nome do titular da Pasta, policial civil Luís Mauro Albuquerque, como um “secretário tirano”.
“Tem limitação de extras, limitação de vezes que as viaturas podem abastecer, suspensão do pagamento de férias, e, agora, o adiamento do 13°, mas a diária do “operacionais” de Brasília está garantida (recebem antecipado)”, conta um dos agentes, se referindo a agentes da Força de Intervenção Penitenciária (FIP), vindos de Brasília no começo do ano e que aqui permanecem trabalhando nos presídios em Itaitinga.
“Centenas de agentes estão sendo obrigados a mudar de cidade com a família por morar distante do trabalho em um momento de crise da pandemia com a mudança na escala”, afirma outro servidor.
“O secretário obriga o servidor a diminuir os custos do trabalho seguindo um decreto governamental em momento de crise, mais aumenta as despesas pessoais do servidor mudando a escala de profissionais que estão há 5 anos sem aumento salarial e a grande maioria esta completamente desmotivada e com os desmandos do Senhor Mauro Albuquerque, que teve a oportunidade de ser o maior gestor da história do Sistema Penal cearense” cita outro agente.
“À exemplo do Rio Grande do Norte, está ocorrendo no Ceará um esvaziamento da categoria e muitos estão se dedicando ao máximo para passar em outros concursos e abandonar o sistema penal ou adoecendo e colocando atestado médico”, revela um agente.
A direção da SAP ainda não se manifestou sobre o fato.
Fonte: CN7
'COMO SEMPRE É ASSIM, QUEM OUSA CONTESTAR ALGO QUE CONSIDERA COMO ERRADO, SOFRE PERSEGUIÇÃO E OPRESSÃO.'
POSTADO POR: LUCIANO MELO - 14/06/2020
'COMO SEMPRE É ASSIM, QUEM OUSA CONTESTAR ALGO QUE CONSIDERA COMO ERRADO, SOFRE PERSEGUIÇÃO E OPRESSÃO.'
POSTADO POR: LUCIANO MELO - 14/06/2020
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