A Polícia Federal determinou, nesta quarta-feira (4), a abertura de um inquérito para investigar o vazamento de depoimentos considerados sigilosos que haviam sido enviados pelo órgão à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na segunda (2).
O material constava em apurações que estão em curso na PF, sendo uma para tratar da suspeita de prevaricação cometida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a outra sobre a aquisição da vacina Covaxin.
A iniciativa da PF teve como efeito colateral reações imediatas de membros da CPI. O presidente do colegiado, por exemplo, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que pretende provocar oficialmente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para tratar do caso. Ele disse também que a comissão tomará providências.
"Já era de conhecimento da imprensa, e até então não houve nenhum iniciativa da Polícia Federal de tentar investigar quem estava vazando de dentro da Polícia Federal”, disse Aziz - segundo publicou o jornal Estado de S.Paulo -, ao destacar que a CPI tem a atribuição de definir quais conteúdos têm caráter sigiloso e que o material em questão já vinha sendo divulgado por meios de comunicação.
O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também manifestou reação diante da novidade. Pelo Twitter, ele disse que o colegiado recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a conduta do ministro da Justiça, que é a autoridade à qual Polícia Federal está subordinada.
“Iremos ao STF com pedido de investigação contra o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, para que o inquérito aberto com o claro objetivo de atacar a #CPIdaCovid seja trancado. Não vamos aceitar intimidações”, disse o parlamentar, que também é líder da oposição no Senado.
Edição: Vinícius Segalla
'ESSE OMAR AZIZ, ERA PARA ESTÁ PRESO E NÃO PRESIDINDO UMA CPI.'
POSTADO POR: LUCIANO MELO - 05/08/2021
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