No filme sobre a história do jovem Chris McCandless, durante uma conversa vigorosa com um novo amigo em uma mesa de bar, ele desabafa: “sabe o que eu não consigo entender? Não entendo porque todas as pessoas são tão ruins umas como as outras com tanta frequência. Não faz sentido pra mim.” [palavrões suprimidos]. É difícil saber se Chris realmente disse isso (devido a pouca informação que se tem do período narrado no filme), mas a julgar pelos seus escritores favoritos, é bem possível. Recentemente, eu me perguntei isso e o trecho do diálogo desse veio à minha mente. Por que cargas d’água as pessoas não podem ser simplesmente boas com quem se relacionam? É realmente difícil assim ?
Minha pergunta não é para palestinos e israelenses nem pessoas com severos distúrbios psicológicos ou com histórico de violência familiar, àquelas que tiveram uma infância trágica. Jamais conseguiríamos nos colocarmos em seu lugar, é algo além da compreensão. Falo de pessoas comuns, do nosso meio, vindas de famílias estruturadas, com educação, muitos dos quais frequentam igrejas ou, ao menos, simpatizam com princípios universais do amor e da gentileza. Por que vocês são rudes, indiferentes, desonestos, falsos, ingratos, invejosos, mesquinhos, arrogantes, egocêntricos?
Certamente, você não é tudo isso, mas certamente se encaixa em algum grupo em algum momento. Eu me encaixo. Fato é que nunca somos tão bons quanto achamos que somos. Mas a pergunta é por quê? Porque nos deixamos dominar por sentimentos que machucam os outros, mas sobretudo que machucam a nós mesmos de forma muito pior?
Não posso crer que é da natureza do homem machucar o outro, que nascemos corrompidos. Na verdade, está mais para o contrário. Pesquisadores de Yale descobriram que o instinto básico de bebês que ainda não falam são mais propensos às intenções amigáveis do que maliciosas. A consagrada escritora Mariane Williamson diz de outra maneira: nascemos com o amor e conhecemos o medo aqui. Sem dúvida, o medo não é a única coisa ruim que aprendemos aqui. Nos últimos anos, descobri a importância dos três primeiros anos de um bebê para o desenvolvimento do seu cérebro. Quase tudo exerce algum impacto em sua personalidade, sua capacidade de ter empatia, sua sociabilidade e até autoconfiança. Mas o aprendizado e a formação do caráter segue a todo vapor até o final da adolescência. A partir daí, torna-se mais difícil mudar certos hábitos e impulsos, mas obviamente não é impossível.
No filme, Chris culpa a sociedade como a fonte da maldade das pessoas. Uma opinião fortemente influenciada por traumas com seus pais combinada à leitura transcendentalista.
Minha pergunta não é para palestinos e israelenses nem pessoas com severos distúrbios psicológicos ou com histórico de violência familiar, àquelas que tiveram uma infância trágica. Jamais conseguiríamos nos colocarmos em seu lugar, é algo além da compreensão. Falo de pessoas comuns, do nosso meio, vindas de famílias estruturadas, com educação, muitos dos quais frequentam igrejas ou, ao menos, simpatizam com princípios universais do amor e da gentileza. Por que vocês são rudes, indiferentes, desonestos, falsos, ingratos, invejosos, mesquinhos, arrogantes, egocêntricos?
Certamente, você não é tudo isso, mas certamente se encaixa em algum grupo em algum momento. Eu me encaixo. Fato é que nunca somos tão bons quanto achamos que somos. Mas a pergunta é por quê? Porque nos deixamos dominar por sentimentos que machucam os outros, mas sobretudo que machucam a nós mesmos de forma muito pior?
Não posso crer que é da natureza do homem machucar o outro, que nascemos corrompidos. Na verdade, está mais para o contrário. Pesquisadores de Yale descobriram que o instinto básico de bebês que ainda não falam são mais propensos às intenções amigáveis do que maliciosas. A consagrada escritora Mariane Williamson diz de outra maneira: nascemos com o amor e conhecemos o medo aqui. Sem dúvida, o medo não é a única coisa ruim que aprendemos aqui. Nos últimos anos, descobri a importância dos três primeiros anos de um bebê para o desenvolvimento do seu cérebro. Quase tudo exerce algum impacto em sua personalidade, sua capacidade de ter empatia, sua sociabilidade e até autoconfiança. Mas o aprendizado e a formação do caráter segue a todo vapor até o final da adolescência. A partir daí, torna-se mais difícil mudar certos hábitos e impulsos, mas obviamente não é impossível.
No filme, Chris culpa a sociedade como a fonte da maldade das pessoas. Uma opinião fortemente influenciada por traumas com seus pais combinada à leitura transcendentalista.
'O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.'
POSTADO POR: LUCIANO MELO - 17/09/2019
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