Terceiro a pedir o registro da candidatura à Prefeitura de Fortaleza, junto à justiça eleitoral, o deputado estadual Capitão Wagner (PR) tentou, na tarde de ontem, se distanciar do perfil de Moroni Torgan (DEM), deputado federal e vice na chapa do candidato à reeleição Roberto Cláudio (PDT). Wagner alegou que o discurso do Moroni é puramente "policialesco", diferentemente do seu, que teria mais conteúdo a oferecer no debate eleitoral. Apesar de ambos explorarem a segurança pública como tema em disputas passadas, Wagner diz que há diferenças entre eles.
"Acho que o perfil do Moroni é um pouco diferente do meu no sentido de que a gente percebe nele um perfil policialesco exclusivamente no debate", criticou o candidato do PR.
Ele diz que os dois se afastam por que a campanha da oposição irá trabalhar propostas para combater a criminalidade com politicas de investimentos na educação, na área social e na ocupação dos espaços públicos na capital cearense.
O deputado estadual acredita, ainda, na tese de que o nome de Moroni foi lançado a vice na chapa do prefeito Roberto Cláudio (PDT), como estratégia para lhe tirar votos do eleitor mais preocupado com a pauta da segurança. No entanto, ele coloca em dúvida o sucesso da aliança governista.
"Moroni faz parte da gestão Roberto Cláudio desde o inicio dela. Se, nesses quatro anos, a cidade continua como a mais violenta, isso é sinal de que não houve sintonia entre a administração do prefeito e o apoio do Moroni", atacou.
Vice-prefeito de Fortaleza e candidato à reeleição na chapa do PR, Gaudêncio Lucena (PMDB), considera "estranho", o acordo para que o deputado Moroni se lance candidato a vice-prefeito.
"Eu particularmente, acho estranho você ser deputado federal e querer ser candidato a vice-prefeito. Já houve casos semelhantes no interior do Ceará em que deputado sequer assumiu um único dia, e por isso permaneceu como deputado federal. Não sei se (o acordo), é esse, se a população aceita esse tipo de negociação", questionou o ex-aliado do prefeito Roberto Cláudio.
Capitão Wagner (PR) solicitou o registro da candidatura com o apoio dos partidos PMDB, PSDB, SD, além do PR.
Apesar da pequena quantidade de partidas na aliança em relação ao prefeito Roberto Cláudio (PDT), a previsão é de que o tempo de televisão na campanha eleitoral do deputado Capitão Wagner (PR), seja maior que o do prefeito, isso ocorre por que as regras eleitorais somam apenas os seis maiores partidos da coligação para a distribuição do tempo de propaganda eleitoral.
Apesar dos 18 partidos de RC, a maioria é de siglas menos robustas que as de Wagner, que tem PMDB, PSDB e PR na aliança.
A expectativa é que o Tribunal Superior Eleitoral, se pronuncie oficialmente sobre os tempos de televisão dos candidatos na próxima semana.
"Um fato que realmente chama a atenção no candidato à reeleição Roberto Cláudio, é seu vice Moroni Torgan, obviamente e claro que a estratégia é explorar a figura de Moroni, no que se refere à segurança pública, uma espécie de embate com o candidato Capitão Wagner, muito ligado a esta pasta, porém o discurso do Moroni, é mais agressivo do que eficiente, pois há anos que Moroni, milita na politica, com esse carro chefe da segurança pública, eu particularmente, acho muito pouco ou zero, o que ele faz pelo o estado do ceará, em termos de segurança pública, acho o capitão Wagner mais sagaz e prático, creio que ele sim fará diferença para a segurança pública do estado, por conhecer de perto esta problemática, sem esquecer que será uma grande vitória para a Policia Militar do Ceará, que teria um representante fiel da categoria, o que facilitará o diálogo e o acesso da corporação com a prefeitura, vamos esperar para ver qual o "gatilho" mais rápido e o mais certeiro."
POSTADO POR: LUCIANO MELO
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