domingo, 4 de dezembro de 2016

UMA DOR QUE NÃO CESSA

                         

 CHAPECÓ - Uma tatuagem de um coração desenhado por um avião marca o ombro de algumas mulheres de jogadores da Chapecoense. Pensado para celebrar uma viagem que as famílias dos atletas fariam a Punta Cana, na República Dominicana, a partir de 9 de dezembro, o desenho virou uma homenagem póstuma aos atletas, segundo Rosângela Loureiro, mulher do meia Cleber Santana, capitão do time.

 - Só fazia a tatuagem quem ia pra viagem. A gente fez o coração e o avião dentro. Era a marca da gente - diz Rosângela - E aconteceu o acidente justamente com um avião. Pensa: o coração (da tatuagem) não está completo. E no coração da gente está faltando eles (os jogadores).

 Segundo Rosângela, a ideia da viagem em grupo partiu de Cleber Santana, que já tinha organizado um passeio a Cancun com os jogadores do Criciúma no ano passado. Além do casal Santana, também iriam familiares de 13 jogadores que morreram no acidente aéreo na Colômbia, entre eles Kempes, Thiago Luiz, Denner e Thiego. Ela disse acreditar que a viagem deve ser remarcada para o ano que vem, para que as crianças possam ir.

 Emocionada, Rosângela disse que ficou sabendo do acidente por meio de um telefonema da mulher de Denner.

- Acordei com o telefone. Era a esposa do Dener. Ela falou pra mim que o avião caiu e comecei a gritar. Acordei meus filhos gritando.
Ela diz que pensou em ir para Colômbia, mas seus filhos ficaram com medo:
- Meus filhos falaram que não iam deixar eu ir (para a Colômbia) porque já perderam o pai e eu podia morrer também. A gente ia passar no mesmo lugar que o avião caiu.

Ainda segundo Rosângela, as mulheres de jogadores estão se ajudando neste momento de dor e ausência:

- A gente falou de se ajudar. Comigo ninguém vai ficar só. O que eu puder fazer para ajudar, vou fazer. Tem gente que não tem mãe, não tem família. A gente não pode se isolar cada um na sua casa.

                               O segundo dia de homenagens em Chapecó

                      

O sofrimento dos torcedores na Arena Condá após a tragédia que causou a morte de 19 jogadores da ChapecoenseFoto: Luiz Barp

                       

Torcedores fazem homenagem aos jogadores da Chapecoense na Arena Condá Foto: Luiz Barp

                              
                         Eles levaram flores para o estádio em Santa CatarinaFoto: Luiz Barp

                               

Desde terça-feira muitos torcedores vão ao estádio para prestar uma última homenagem aos jogadores que morreram no acidente quando se dirigiam para MedellínFoto: Luiz Barp

                                

Alguns torcedores acamparam no estádio e prometem ficar no local até a chegada dos corpos dos jogadores mortos Foto: Luiz Barp

                                      

Torcedores se abraçam no estádio e choram pela morte dos atletas na Colômbia Foto: Luiz Barp

                                        

Muita tristeza na Arena Condá pela morte dos atletas da Chapecoense que disputariam a final da Copa Sul-Americana Foto: Luiz Barp

                                       

Muita comoção na Arena Condá após a tragédia na Colômbia Foto: Luiz Barp


             Os mortos da Chapecoense na tragédia aérea na Colômbia

                 

O atacante Bruno Rangel, da Chapecoense Foto: Aguante Comunicação/Chapecoense

                                                                Bruno Rangel
Fluminense de Campos, o atacante de 34 anos era uma das principais armas da Chapecoense, pela qual marcou 81 gols em duas passagens, desde 2014. Teve uma longa carreira, passando por clubes como Goytacaz, Americano, Paysandu, Guarani e Joinville.

                               

O zagueiro Thiego, da Chapecoense Foto: Cleberson Silva/Chapecoense
Thiego

O zagueiro William Thiego de Jesus, 30 anos, sergipano, com passagens por Grêmio, Bahia, Ceará e Figueirense. Era um dos destaques do time da Chapecoense, onde atuava desde 2015, tendo marcado 15 gols. Era pretendido por outros clubes, como o Palmeiras.

Marcio Koury
Médico do clube
Rafael Gobbato
Fisioterapeuta
Luiz Grohs
Analista de desempenho
Luiz Cunha
Sérgio de Jesus
Anderson Donizette
Adriano Bitencourt
Cleberson Fernando da Silva
Emersson Domenico
Eduardo Preuss
Sandro Pallaoro
Nilson Jr.
Gilberto Thomaz
Ricardo Porto
Jandir Bordignon
Decio Filho

Os jornalistas que morreram no desastre aéreo da Chapecoense

                  

Paulo Júlio Clement (Fox Sports) Foto: Reprodução

Paulo Júlio Clement

Comentarista, tinha 51 anos. Vencedor de um Prêmio Esso, em 1994, pelo GLOBO, começou no Jornal dos Sports, tendo trabalhado ainda em O DIA, Jornal do Brasil, Sportv, Rádios Globo e CBN. Cobriu as Copa do Mundo de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014.

"ESSA DOR DURANTE MUITO TEMPO IRÁ PERDURAR NOS CORAÇÕES DOS FAMILIARES, E ECOARÁ NAS LEMBRANÇAS E NO CORAÇÃO DOS BRASILEIROS, QUE DEUS CONFORTE ESSAS FAMILIAS."

POSTADO POR: LUCIANO MELO
04/12/2016

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