sexta-feira, 20 de novembro de 2015

SEXTA-FEIRA É DIA DE REFLEXÃO - EXERCITANDO A EMPATIA

Há algumas semanas os noticiários nos trouxeram algo surpreendente: Uma mãe se deparou com seus dois filhos presos dentro do carro.O veiculo estava parado sobre os trilhos de um trem que se aproximava e,não tendo conseguido soltá-los,ela recusou-se a sair,sofrendo ao lado de suas crianças o impacto da colisão. ser mulher é uma dádiva.Em regra,a alta sensibilidade de que as mulheres são dotadas,faz com que vivam em intermitência,ou seja em intervalos.Num instante as mulheres são elas mesmas e,noutro,vestem a pele de outra pessoa,vivem suas histórias,suas vidas,suas dores. É desse execício que nasce a empatia.É quando a mulher se coloca no lugar de outro e gosta disso.Sente prazer,grandeza,realização pessoal,da empatia nasce toda a gama de bons sentimentos,mas é necessário ter cuidado.Não raro vejo pessoas,especialmente mulheres,estacionadas "noutro".Totalmente esquecidas de si mesmas. Neste mundo de múltiplos afazeres,é fácil a quem ama esquecer-se de si.Ao longo dos anos,passamos a viver o sonho alheio por empréstimo.Nossas ações têm por objetivo uma alegria secudária.A alegria de ver aqueles a quem amamos feliz. De tanto sentir o outro e fazer calar aquilo a que seu sonho a intima a viver,a mulher sujeita-se a ser apêndice do lar,acessório do marido,um ancoradouro para a alma e para o cotidiano dos filhos.E sempre que a sua alma dá o alerta para tal circunstância,são assim,a dádiva da excessiva sensibilidade,do exercício maior da empatia,tal qual um tempero não dosado,estraga o sabor de nossas vidas.É preciso sentir de nossas vidas.É preciso sentir o outro,ser o outro,doar-se aos outros,mas sem que isso se dê com o desamparo do que somos. Afinal,a vida de quem amamos colidirá sempre com diversos trens,enfrentará tempestades,desertos,abismos sombrios.A intermitência de que necessitamos consiste em visitá-los em todas essas passagens e vivências,sem jamais nos esquecermos de voltar para a nossa própria paisagem interior a fim de otimizarmos o aprendizado da vida. TEXTO DE NARA RÚBIA RIBEIRO

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