Uma brasileira grávida, o marido dela e um barbeiro foram mortos a tiros na tarde desta quarta-feira (2) em Lisboa, em Portugal.
O que aconteceu
Brasileira e marido foram atingidos na frente da barbearia. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram ao menos quatro policiais atendendo a ocorrência na rua. Já o barbeiro Carlos Pina, de 43 anos, foi baleado dentro do próprio estabelecimento, conforme o jornal português Público.
A brasileira Fernanda Júlia e o marido dela, o taxista Bruno Neto, eram amigos e clientes do barbeiro. Informações iniciais indicam que o casal teria passado pelo estabelecimento e decidiram cumprimentar o colega, quando também foram atingidos pelos tiros. Eles haviam deixado o automóvel deles em um lava-rápido ao lado do comércio do amigo. O bebê que Fernanda esperava também não resistiu e morreu. A mulher era natural de Minas Gerais.
Informações iniciais indicam que o crime ocorreu por motivos fúteis e sem planejamento prévio. Suspeito de ser o atirador tem 30 anos e seria morador do bairro onde a barbearia fica localizada. O homem era cliente de Carlos e teria ido ao estabelecimento na terça-feira e retornado um dia depois — ainda não se sabe por que ele voltou ao local.
Duas das vítimas teriam sido mortas com tiros na cabeça. Outro barbeiro teria presenciado a ação criminosa, mas conseguiu fugir do local. Uma fonte oficial confirmou ao jornal português Correio da Manhã que, após o ataque, o atirador e dois homens teriam fugido a pé para a região da estação ferroviária de Santa Apolônia.
Depois, o suposto atirador e dois homens que teriam participado do ataque com ele, já conhecidos pelas autoridades, teriam fugido de carro. A placa do veículo já foi identificada pelas autoridades. Eles são procurados pela polícia.
Casal deixa uma filha de cinco anos. Conforme apurado pela reportagem, Fernanda também é mãe de um menino. Já o barbeiro deixou cinco filhos, um ainda bebê, segundo o Público. Bruno era português, segundo o blog Portugal Giro, do jornal O Globo.
Socorro teria demorado para chegar ao local
Morador relatou que o socorro médico demorou para atender a ocorrência. Em entrevista ao Correio, um morador — não identificado — pessoas que estavam no local precisaram correr atrás da polícia para solicitar que eles ajudassem no caso.
Os primeiros-socorros teriam sido realizados pelos policiais que atenderam a ocorrência. O Público apurou que os agentes do Inem (Instituto Nacional de Emergência Médica) teriam chegado ao local apenas 40 minutos depois do ataque. Procurado, o instituto afirmou que trabalha "em articulação com as forças de segurança".
O morador também declarou que Carlos era um barbeiro conhecido em todos os bairros próximos. "Não havia ninguém que não gostasse do Pina", acrescentou. Outro morador do local, que não quis ser identificado, contou que o barbeiro era uma "pessoa excelente, educadíssimo e trabalhador": "Todo mundo gostava dele. Era um menino do bairro".
Ao UOL, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que, através do Consulado-Geral do país em Lisboa, "permanece à disposição dos familiares da vítima para prestar a assistência consular cabível". "Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros", finalizou.
Por: Blog Luciano Melo Oficial / Fonte: UOL
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