Até que enfim o ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), aprendeu como funciona o jogo e decidiu dar andamento ao inquérito que investiga o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de dosimetria que beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe. Paulinho é acusado de participar de um esquema de captação ilícita de clientes para ações trabalhistas, a partir de listas de trabalhadores demitidos que teriam sido obtidas junto a sindicatos sob sua influência. Segundo o Ministério Público de São Paulo, ele recebia cerca de R$ 100 mil mensais para facilitar o acesso a esses dados, que eram utilizados por integrantes de uma organização criminosa para oferecer serviços jurídicos às vítimas das demissões.
Em novembro deste ano, a Polícia Federal informou ao STF que o inquérito precisava de uma definição, fosse pelo arquivamento ou pela continuidade das investigações. No despacho publicado ontem, assinado no dia 4, Mendonça pediu que o MPF se manifeste sobre o caso. O inquérito foi instaurado em outubro de 2018, após pedido do Ministério Público Federal, e teve origem no Ministério Público de São Paulo. A PGR solicitou o envio do caso ao Supremo devido ao foro privilegiado do deputado.
Em 2023, quando Paulinho perdeu o mandato, a Polícia Federal questionou se o inquérito deveria permanecer no STF. No entanto, ele voltou à Câmara naquele mesmo ano, após o TSE cassar o mandato do deputado Marcelo Lima (PSB-SP), retomando assim o foro privilegiado.
Por: Blog Luciano Melo Oficial
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