Tagliaferro encaminha ao Senado provas de Fraude processual feitas no gabinete de Moraes
Durante audiência no Senado, o ex-assessor Eduardo Tagliaferro apresentou documentos que, segundo ele, somam mais de mil páginas de mensagens extraídas de grupos de WhatsApp. O material, afirmou, comprovaria manipulação de provas em processos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Tagliaferro declarou que, para proteger esse conteúdo, chegou a dormir dentro do carro durante noites no condomínio onde morava, temendo uma operação de busca e apreensão que pudesse recolher os arquivos. “Era um material importantíssimo. Eu ficava no veículo até amanhecer, quando entregava à minha esposa para guardar”, disse.
Em sua fala, o ex-assessor acusou Moraes de usar critérios “pessoais” para determinar o que seria considerado desinformação, afirmando que agentes auxiliares apenas seguiam ordens diretas do gabinete do ministro. “Não existia monitoramento, existia a vontade dele. Era muito mais pessoal do que processual”, sustentou.
As declarações acaloraram o plenário. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) pediu a interrupção imediata do julgamento em curso no STF, argumentando que havia “violação de direitos humanos” e que pessoas teriam sido presas com base em provas forjadas. O senador Magno Malta (PL-ES) apoiou a manifestação, reforçando a gravidade das denúncias.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi além. Em sua intervenção, solicitou que a Advocacia do Senado acompanhasse a sessão em tempo real, transmitida pela TV Senado, para formalizar as denúncias. Ele defendeu que os documentos apresentados fossem enviados ao ministro Ney Mendonça, ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. “Isso pode embasar pedidos de impeachment, porque aqui está a comprovação de uma fraude processual cometida por Alexandre de Moraes”, afirmou.
A repercussão das falas deve intensificar o embate político entre a oposição e o STF, especialmente diante das acusações de manipulação de provas em processos relacionados aos atos de 8 de janeiro. Até o fechamento desta reportagem, o Supremo não havia se manifestado sobre as declarações.
Por: Blog Luciano Melo Oficial / Fonte: Bruno Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.