sexta-feira, 5 de outubro de 2018

BOLSONARO SEGUE CRESCENDO E VAI A 35%, MOSTRA DATAFOLHA

                    

Presidenciável do PSL sobe três pontos percentuais e garante liderança na corrida a três dias da eleição. Haddad aparece isolado em segundo lugar com 22%. Rejeição de ambos estagna, e segundo turno tem empate técnico.
O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) manteve a trajetória de crescimento das últimas sondagens e alcançou 35% das intenções de voto em nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (04/10), figurando como líder da corrida a três dias das eleições.

Isso significa que o capitão reformado cresceu três pontos percentuais em relação à sondagem anterior do instituto, de 2 de outubro, quando contava com 32% das intenções.
Isolado em segundo lugar aparece o candidato Fernando Haddad (PT), que por sua vez ganhou um ponto percentual e foi a 22%. Se as projeções se refletirem nas urnas no próximo domingo, Bolsonaro e o petista seguem para o segundo turno de 28 de outubro.
Os números se referem aos votos totais alcançados na pesquisa, incluindo os brancos e nulos. Por outro lado, se forem considerados somente os votos válidos, o presidenciável do PSL aparece com 39% das intenções, contra 25% de Haddad.

Seguem no ranking ao Planalto Ciro Gomes (PDT), que manteve seus 11% das pesquisas anteriores (em votos totais), e Geraldo Alckmin (PSDB), que segue uma trajetória de queda e oscilou de 9% para 8% em dois dias. Ambos estão tecnicamente empatados em terceiro lugar.
A candidata Marina Silva (Rede), por sua vez, que chegou a disputar a segunda posição no início da corrida presidencial, manteve seus 4% da sondagem anterior. João Amoêdo (Novo) vem em seguida com 3% das intenções de voto.
Após esse grupo aparecem Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos), com 2% cada um, e Cabo Daciolo (Patriota), com 1%. Guilherme Boulos (Psol), João Goulart Filho (PPL), Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram, ou seja, atingiram menos de 1% das intenções.

Os votos brancos ou nulos somaram 6% dos entrevistados, em comparação com os 8% da pesquisa anterior. Além disso, 5% não souberam ou não quiseram responder, mantendo o mesmo percentual da pesquisa anterior, o que indica que alguns eleitores seguem indecisos.

                                                       SEGUNDO TURNO

O Datafolha também questionou o eleitorado sobre possíveis cenários de segundo turno. Apesar de liderar a primeira rodada, Bolsonaro perde ou empata em todas as simulações de disputas isoladas que incluíram seu nome.

Contra Haddad, o capitão reformado teria 44% dos votos contra 43% do petista, o que indica que os dois estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro. A projeção é parecida em uma briga contra Alckmin: o placar seria de 43% para o tucano contra 42% para Bolsonaro.

ASSUNTOS RELACIONADOS

   FERNANDO HADDAD

CIRO GOMES

O presidenciável do PSL perderia apenas para Ciro Gomes no segundo turno, com um resultado de 48% para o ex-governador do Ceará contra 42% para o deputado.

A pesquisa simulou ainda uma segunda rodada entre Alckmin e Haddad, embora esse cenário pareça improvável segundo as sondagens presidenciais. A disputa indica um empate técnico com vantagem para o candidato tucano, que tem 42% das intenções contra 38% do petista.

                                                                     REJEIÇÃO

Bolsonaro segue líder dos presidenciáveis em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum, com uma rejeição de 45%, a mesma apontada na pesquisa de dois dias atrás.

Em segundo lugar está Haddad, rejeitado por 40% do eleitorado. Após crescer nove pontos percentuais entre a semana passada e a sondagem de 2 de outubro, chegando a 41%, a rejeição do petista caiu agora um ponto percentual.

Marina, por sua vez, caiu de 30% para 28%; Alckmin se manteve com 24%; e Ciro foi de 22% a 21%. Em seguida vêm Meirelles, com 15%; Boulos e Cabo Daciolo, com 14% cada um; Alvaro Dias e Vera Lúcia, com 13% cada; Eymael, com 12%; e Amoêdo e João Goulart Filho, com 11% cada.

O Datafolha ouviu 10.930 eleitores em 389 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A sondagem, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo, foi realizada entre esta quarta e quinta-feira.

                                                         JAIR BOLSONARO

Militar reformado e deputado no sétimo mandato, Bolsonaro, de 63 anos, encarna uma candidatura de cunho ultraconservador. Ele fala abertamente contra homossexuais, defende a posse de armas e elogia o regime militar – a ponto de fazer apologia à tortura. Tem sido um fenômeno nas pesquisas e aposta nas redes sociais para reverter a falta de estrutura de sua sigla nanica e a escassez de alianças.

                                                     FERNANDO HADDAD

Por um tempo encarado como plano B do PT, o ex-prefeito de São Paulo, de 55 anos, foi oficializado candidato à Presidência a menos de um mês do primeiro turno, após se esgotarem as chances de Lula concorrer. Preso e virtualmente inelegível pela Ficha Limpa, o ex-presidente era líder nas pesquisas. Agora o desafio será transferir votos para Haddad, que foi ministro nos governos petistas.

                                                        CIRO GOMES

Ex-governador e ex-ministro, Ciro, de 60 anos, disputa sua terceira eleição presidencial. Em 2018, diante das dificuldades de Lula, se colocou como alternativa no campo da esquerda. Conhecido pelo estilo explosivo, tem se concentrado em abordar temas econômicos. Apesar dos acenos ao PT, acabou isolado na formação de alianças e teve que se contentar com uma vice do próprio partido.

                                              MARINA SILVA ( REDE )

A ex-ministra disputa sua terceira eleição presidencial, desta vez por um partido próprio. Em 2010 e 2014, terminou em terceiro lugar. Com um discurso que prega a ética na política, ela tenta contornar o pouco tempo de TV e a falta de recursos da sua legenda. Também teve dificuldades em fechar alianças com siglas relevantes e só vai contar com o apoio do pequeno PV.

                                       GERARDO ALCKMIN ( PSDB )

O ex-governador de SP é outro veterano de disputas presidenciais. Nesta campanha, Alckmin, de 65 anos, conseguiu articular a maior frente de alianças ao atrair várias siglas do "centrão" - partidos conhecidos pelo fisiologismo. Ao longo da pré-campanha, penou nas pesquisas. Seu histórico não é promissor: ao fim do 2° turno presidencial de 2006 terminou com menos votos do que na rodada anterior.

                                                           ALVARO DIAS

O senador paranaense vem promovendo um discurso moralizador contra a corrupção repleto de elogios à Operação Lava Jato. Aos 73 anos, já foi filiado a oito partidos, inclusive ao PSDB. Sua candidatura tem se mostrado competitiva no Sul do Brasil, o que é visto como um desafio para os tucanos de Alckmin, que sempre tiveram bom desempenho na região.

                                  HENRIQUE MEIRELLES ( MDB )

Ex-ministro da Fazenda, Meirelles, de 72 anos, é o candidato do presidente Michel Temer. Em sua campanha, tem defendido a política econômica do governo. Sua associação com o impopular Temer tem representando um desafio para sua candidatura. Sem conseguir formar alianças, se contentou em disputar com uma chapa pura. Esta é a primeira candidatura do MDB à Presidência em 24 anos.

                                               GUILHERME BOULOS ( Psol )

Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Boulos, de 36 anos, foi escolhido candidato do Psol em uma disputa que rachou o partido. Adversários apontaram que sua proximidade com Lula transformaria a sigla em um "puxadinho do PT". Tem focado sua campanha na distribuição de renda e em críticas a Temer. Por enquanto tem penado nas pesquisas. Sua vice é uma líder indígena.

                                                            OS NANICOS

Seis candidatos disputam a Presidência por siglas nanicas. Entre eles o ex-banqueiro liberal João Amoêdo (Novo) e a ativista sindical Vera Lúcia (PSTU). O folclórico José Maria Eymael (DC), conhecido pelo seu jingle “Ey, Ey, Eymael”, disputa sua quarta eleição. O evangélico Cabo Daciolo é o candidato do Patriota (antigo PEN). Já filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente, disputa pelo PPL.

"A minha explicação para a ascensão de JAIR BOLSONARO, é que para o povo o problema do Brasil não é intelectual e sim moral, e o Bolsonaro se apresentou como o homem ideal para dar um basta na 'zona' que se transformou nosso país, e muita gente comprou essa ideia, eu como brasileiro, torço para que se ele for eleito, recoloque nosso País nos trilhos, pois do jeito que está não dar para continuar." 

POSTADO POR: LUCIANO MELO - 05/10/2018

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